Carlos Ghosn deve ser deposto por conduta ilegal

https://www.nissanclube.com.br/2018/11/nissan-deve-retirar-carlos-ghosn-devido.html

é desalentador ver como uma pessoa põe tudo a perder na vida, ao cometer um crime tão simplório quanto este, que é de mentir para as autoridades japonesas sobre sua renda.

E usar recursos da empresa para uso pessoal.

É um tipo de corrupção besta, felizmente a Renault-Nissan deve afastá-lo das funções, quando o número 1 da empresa é corrupto, a gente até começa a desconfiar quanto de corrupção pode existir nos escalões abaixo dele.

Mais chateado ainda pelo fato de ser um brasileiro, e historicamente idolatrado pela mídia como um dos melhores gestores de todos os tempos.

Que comece a limpeza, portanto.

no link a seguir, a declaração oficial da Nissan sobre o assunto:
https://www.nissanclube.com.br/2018/11/regarding-serious-misconduct-by-nissan.html

Os dois denunciados, Ghosn e Kelly, devem ser depostos pelo Board da Nissan no Japão ainda hoje.

Ghosn acumula ainda cargo na Mitsubishi, e por enquanto a Renault ainda não se manifestou.

O tanto que ganha que era muito(quase 9 milhoes), mais as bonificaçoes que eram na casa ds 9 milhoes euros...pra quem d=fazer uma cagada destas? estragou toda sua carreira....

foi irresponsabilidade pura.
enquanto o executivo número 1, teria obrigação de dar exemplo pra todos, sob pena de começar a ocorrer corrupção em outros níveis da empresa.

imagina quanta gente foi afetada (ou vai ser afetada) após este episódio. São funcionários (coisa de 230.000 diretos da Nissan), fornecedores, consumidores, clientes, fundos de pensão (que podem deter ações da Nissan, Renault, Mitsubishi).

Apesar da Nissan e Mitsubishi estarem falando na demissão dele, eu até acho que o correto seria ele renunciar antes.

Sim, sei que ele tirou a NIssan da falencia..mas agora pisou na bola feio...

ah, e tem o dano a imagem da Nissan e Renault, um pouco menos na Mitsubishi.

e vi várias reportagens na mídia citando o Carlos Ghosn como brasileiro, um demérito para nós.

O Carlos Ghosn é de ascendência libanesa, nasceu e morou pouco tempo no Brasil, estudou engenharia na École Polytecnique de Paris. Fala inglês, francês, árabe e português de forma fluente. Curiosamente, ele não se declara fluente em japonês, mesmo tendo chefiado a Nissan desde o início do século.

E é cidadão Frances tbm..pelo que li....as açoes da duas hj cairam um monte..a curto/medio prazo afetará bem as duas marcas.

lendo o que saiu na mídia hoje, tem até publicação falando que o caso se parece a um golpe de estado.

Afinal, não é de hoje que Renault e Nissan vinham falando abertamente sobre a saída de Ghosn, na forma de aposentadoria por idade. O atual presidente escolhido pela Nissan, Hiroto Saikawa, no entanto tem praticamente a mesma idade do Ghosn.


O governo francês já anunciou que procura um CEO interino para a posição Ghosn. O governo francês é um dos maiores acionistas da Renault, e de longa data sempre travaram intensas discussões a respeito dos bônus concedidos ao Carlos Ghosn.

Ontem o presidente da Nissan Hiroto Saikawa realizou uma coletiva, mas deu poucos detalhes do que seria o mau uso de ativos da empresa.


Pela mídia japonesa, há indicações envolvendo imóveis no Rio de Janeiro, Beiruth, Amsterdan e Paris, dinheiro de investimentos da própria Nissan teria sido utilizado na compra dos imóveis.

Pela lei japonesa, Ghosn poderá permanecer em cárcere por até 23 dias, e faz parte do ritual jurídico necessário para o governo japonês processá-lo pela fraude no imposto de renda.

a história toda começa ganhar contornos de uma trama digna de filme.

O Ghosn estava planejando uma fusão entre a Nissan e Renault, coisa que o Conselho de Administração da Nissan se opõe fortemente. Atualmente a Nissan vende cerca de 1,6 vezes mais que a Renault, porém a Renault detém cerca de 34% do capital da Nissan, o que dificulta bastante a retirada de Ghosn do Conselho de Administração da Renault-Nissan. Ao mesmo tempo que a Renault ainda parece em dúvida se deve mesmo depor Ghosn de suas funções.

Acompanhando agências de notícias japonesas, a aparência é de que a prisão de Ghosn aconteceu em colaboração da Nissan com as autoridades japonesas, tanto é que os procuradores das autoridades japonesas sabiam da agenda da chegada do avião em que estava Ghosn no aeroporto de Haneda, tudo filmado pelo noticiário do jornal Asahi.

Enquanto a Nissan já parece decidida em depor Ghosn, parece ainda haver dúvidas na Renault. A Nissan agora tenta demonstrar que o problema se estende a filial holandesa Renault-Nissan, que é controlada totalmente pela Renault.


E há quem diga que dada a posição líquida de caixa da Nissan, haveria a possibilidade que ela buscasse aumentar sua posição acionária na Renault, de forma a equilibrar a relação de poder entre as empresas.


Talvez esteja desenhada aí uma intensa briga pelo poder.

Que hj não ajudaria em nada esta briga..ainda mais que esta aliança elo que li é a que mais vendeu carro este ano segundo um site de noticias , não sei se procede li hj isso...

Como é a comida na prisão no Japão:



segundo as autoridades japonesas, ninguém recebe regalias.


então imaginem um executivo milionário recebendo um futon (o cobertor acolchoado japonês) e tendo de dormir no chão.
A comida japonesa é até saborosa, mas é preciso se acostumar ao tempero. A comida mais tradicional japonesa é fortemente voltada para o vegetarianismo, coisas como o sushi é para poucos em ocasiões especiais.

Hoje autoridades japonesas declararam ao jornal "Asahi Shimbum" que a própria Nissan precisa se explicar sobre a má conduta de seu executivo, o que pode representar multas também para a empresa.

O que tá ruim, sempre pode piorar, pelo jeito.

Falando da comida..porra isso sim é que é ser reso hein..kkk...qto a dormir ai ele estranhará e muito..se for mesmo assim onde ele fica...
Qto a Nissan com certeza irá sobrar fumo pra ela...

parece incerto quanto tempo ele ainda vai ficar preso, mas espero que ele goste muito de misso-shiro (o caldo à base de caldo de peixe e pasta de soja fermentada), já que costuma ser servido em todas as refeições diárias, inclusive no café da manhã.

A prisão é coisa séria no Japão, o Ghosn não deu entrevista, parece até que está incomunicável, já que nem mensagens de porta-voz se ouve. Num caso desse, a tradição da cultura japonesa indicaria que a renúncia seria o caminho natural, e eu até achava que ele iria anunciar a renúncia.

De toda forma, o Board of Directors da Nissan o destituiu hoje. E a Nissan já anda se aproximando do governo japonês, a reaproximação via METI (Ministério da Economia, Comércio e Indústria) já vem acontecendo. historicamente, Ghosn sempre desafiou as práticas tradicionais japonesas, e o relacionamento com o órgãos governamentais japoneses nunca foi muito bom.


Eu até desconfio que o episódio da falha de inspeção nos veículos da Nissan no Japão pode ter sido fruto destes anos todos de certo descaso com as práticas japonesas.

A aliança com a Renault, apesar de ter alçado a Nissan a uma posição invejável, fez muito mau a empresa. Não ajudou a Renault a entrar nos USA, na Europa uma atrapalha a outra, no Brasil concorrem com até de forma confusa, com carros Nissan usando motores Renault e limitando muito a atuação da Nissan no Brasil.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/11/especialistas-franceses-apontam-golpe-da-nissan-contra-carlos-ghosn.shtml

Especialistas franceses apontam 'golpe' da Nissan contra Carlos Ghosn
Economista diz que escândalo pode ser comparado a episódio da série americana Game of Thrones


A detenção do executivo franco-líbano-brasileiro Carlos Ghosn, presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, foi prolongada na quarta-feira (21) por dez dias em Tóquio.
O conselho de administração da Nissan aprovou nesta quinta-feira (22) a demissão de Ghosn da presidência do colegiado da montadora japonesa.
A Promotoria japonesa acusa Ghosn de conspirar para dissimular a metade de sua renda num período de quatro anos, ou seja, de fraude fiscal. No entanto, a queda do patrão da Renault é interpretada por analistas e outros grandes executivos franceses como uma manobra da Nissan motivada por interesses estratégicos dos japoneses.

A imagem de executivo ganancioso, fraudador e que pecou pela ambição desmedida, como apontam os japoneses desde segunda-feira (19), quando Ghosn foi preso de forma cinematográfica no Japão, não convence muitos analistas franceses. Eles identificam claros elementos de uma trama costurada para tirar o talentoso executivo da presidência do grupo. Para entender a narrativa dos franceses, é preciso reconstituir "cenas do casamento" Renault-Nissan, como faz uma reportagem da rádio pública FranceInfo.

Filho de libaneses, Carlos Ghosn nasceu no Brasil em 9 de março de 1954. Aos seis anos, foi morar com sua mãe no Beirute, onde estudou em uma escola jesuíta – Kin Cheung/AP

A aliança entre os grupos francês e japonês remonta a 1999. Na época, a Nissan estava à beira da falência e era cobiçada por várias concorrentes. Mas é a Renault que vence a disputa por ter o Estado francês como acionista, uma garantia e tanto para a transação. Carlos Ghosn desembarca na Nissan, promove uma revolução gerencial, demite 21 mil empregados, troca os fornecedores e evita a falência. Três anos depois, a Nissan volta a dar lucros e o brasileiro se torna um herói no Japão.
Desde o início, a aliança foi concebida para manter as duas empresas independentes. Uma holding holandesa, detida meio a meio pelas duas montadoras, é criada em 2003 para promover a aproximação entre as duas sociedades.
Segundo o professor de estratégia da escola ESCP Europe Frédéric Fréry, entrevistado pela FranceInfo, trata-se de uma aquisição sem fusão. A montagem comercial tem um duplo objetivo, segundo o especialista: preservar a independência dos japoneses, sem submetê-los à Renault, e fortalecer o papel de Ghosn, "elo fundamental" dessa aliança.
Na década seguinte, a aliança cresce. Em outubro de 2016, a Nissan anuncia a aquisição de 34% do seu concorrente japonês Mitsubishi Motors. Juntas, em 2017, as três montadoras se tornam a maior fabricante de automóveis do mundo, com mais de 10,5 milhões de veículos vendidos apenas no ano passado. A aliança possui 470.000 funcionários e 122 fábricas em todos os continentes.
Mas o equilíbrio de poder se inverteu. O jornal Libération lembra que no momento da aliança, em 1999, a Renault era lucrativa. Quase 20 anos depois, a Nissan fatura 100 bilhões e pesa quase o dobro da Renault (58 bilhões). Entre 2000 e 2017, foi a Nissan que permitiu a sobrevivência da Renault.
Ghosn manteve o poder para os franceses com japoneses mais fortes
Segundo Fréry, da escola ESCP, o problema é que a Nissan é maior, mais lucrativa e tem melhor imagem do que a Renault, pelo menos do ponto de vista dos japoneses. A Nissan produz carros de luxo e ainda tem um boa fatia de mercado nos Estados Unidos.
Depois de os japoneses passarem vários anos de cabeça baixa, a tensão com os franceses aumentou a partir de 2015, quando o Estado francês ampliou temporariamente sua participação acionária na Renault. Ghosn pode ter sido o salvador da montadora japonesa, mas continua sendo "um estrangeiro" para os japoneses, destaca o professor Fréry.
Seu poder sobre a aliança incomoda os japoneses. "Existe uma dimensão política poderosa e violenta em Ghosn: ele eliminou sistematicamente seus números 2, inclusive do lado japonês. Ele sempre deu um jeito de fazer com que não existissem sucessores possíveis", assinala o economista da ESCP.

Os empregados japoneses ficaram irritados ao ver as tecnologias, a produção de certos veículos (como o pequeno sedã Micra, fabricado na França) e parte dos lucros recuperados pela Renault. E, como relatado pelo jornal de negócios Nikkei, na terça-feira (19), a "recompensa excessiva" de Ghosn deu origem a "críticas crescentes". Em 2016, ele recebeu uma remuneração total de € 15,6 milhões, tornando-se o terceiro patrão mais bem pago dos líderes da Bolsa de Valores de Paris.
Ameaça de integração da Nissan teria motovado 'complô' japonês
O ressentimento aumentou nos últimos meses com o surgimento de rumores sobre uma fusão da Renault-Nissan. Ghosn estaria trabalhando para tornar "irreversíveis" os laços entre as duas montadoras, de acordo com uma nota de Kentaro Harada, analista da SMBC Nikko Securities.
"A ideia era colher os benefícios das sinergias, com maior disposição para integrar tecnologias compartilhadas, gestão compartilhada", diz Fréry. O suficiente para perturbar os japoneses, ansiosos por manter sua independência e poder. "A Nissan deseja a independência", confirma no Huffington Post o analista Christopher Richter, da empresa de consultoria especializada no setor CLSA.
Para o pesquisador Sébastien Lechevalier, entrevistado pela RFI, "o caso tem ares de um acerto de contas". "Ghosn foi muito bem-sucedido em tudo o que fez na Nissan, mas, mesmo se o acordo com a Renault é oficialmente uma aliança, existe uma forte relação hierárquica entre as duas empresas, que está invertida porque a Renault domina enquanto a Nissan é muito mais importante", explica o especialista da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (EHESS) de Paris, estudioso do capitalismo japonês.
Para Lechevalier, tornou-se impossível para os japoneses abdicar do controle de uma grande empresa emblemática na história do capitalismo no arquipélago. Deixar a Nissan em outras mãos que não as de colaboradores japoneses pesou na trama para afastar Ghosn da direção. "Em algum momento na troca de documentos confidenciais houve uma intervenção, um sinal verde dado por outros executivos da Nissan que queriam se livrar de Ghosn", acredita.
"Golpe de Estado"
De acordo com alguns analistas do setor, a queda de Ghosn é tão espetacular que pode realmente esconder um "golpe de Estado" do grupo japonês. Para Nobutaka Kazama, professor da Universidade Meiji, em Tóquio, a divulgação de elementos relacionados aos ganhos de Ghosn "poderia ter sido planejada na esperança de rejeitar uma integração por iniciativa da Renault".
Sem ser afirmativo, o deputado francês Jean-Christophe Lagarde também evoca essa hipótese, pedindo ao governo que cuide das posições da Renault. "Espero que a prisão de Carlos Ghosn não seja uma manobra do Japão para organizar o divórcio entre a Renault e a Nissan", escreveu o líder do partido centrista UDI.
Disputa lembra episódio de Game of Thrones
O economista Fréry diz que o escândalo pode ser comparado a um episódio da série americana Game of Thrones. Quem anunciou a prisão de Ghosn foi o número 2 da aliança, Hiroto Saikawa, CEO da Nissan. Em sua declaração, ele "massacrou" o executivo franco-líbano-brasileiro, destaca Fréry.
Richter, analista da consultoria CLSA, observa que Saikawa descreveu a história da recuperação da montadora como sendo "fruto do trabalho de um grande grupo de pessoas", e não do único e carismático CEO da Renault. "Ele se apresentou como o mentor do golpe", nota Richter.
"Saikawa sabe muito bem que Ghosn elimina seus números 2. Ele teria tomado a dianteira sobre Ghosn?", questiona Fréry, enfatizando que desta vez o CEO da Renault enfrentou um adversário pior do que ele. "Saikawa usa visivelmente as acusações contra Ghosn para aumentar seu peso na Nissan e deixar sua marca na empresa", diz Hans Greimel, especialista da publicação Automotive News no Japão.
Do lado francês, o conselho de administração da Renault designou o número 2 de Ghosn, Thierry Bolloré, para assumir a presidência interina da empresa.
Apoio de patrões franceses a Carlos Ghosn
Na França, os patrões estão começando a manifestar um certo apoio a Ghosn. Stéphane Richard, CEO da empresa de telefonia Orange, condenou o linchamento público de Ghosn chamando a atenção para uma reportagem no jornal britânico Financial Times, que evoca os interesses adjacentes à fraude fiscal. O ex-ministro da Economia Thierry Breton, CEO da Atos, também se referiu a Ghosn como um "grande empreendedor" e disse ter ficado surpreso com a "extrema violência" de sua prisão. "Eu acho que o processo está apenas começando (e) que será muito difícil para a Nissan nomear um novo presidente", afirmou Breton.
Em todo caso, o governo francês está atento à manobra. O ministro da Economia e Finanças, Bruno Le Maire, vai se reunir nesta quinta-feira (22) em Paris com o ministro japonês das Finanças, Hiroshige Seko, para tratar do futuro da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi.
O mesmo tribunal de Tóquio estabeleceu hoje que outro importante executivo da Nissan, o americano Greg Kelly, também ficará em prisão temporária por 10 dias na capital japonesa, investigado no mesmo inquérito.

Tudo indica que se trata de uma guerra no mundo corporativo que, de fato, não se preza por bondades e gratidões. Para nós brasileiros, fica uma lição dada pelos japoneses, ou seja, nada de entregar de mão beijada a estrangeiros o nosso patrimônio, principalmente o do conhecimento, ainda que esses estrangeiros nos tenham ajudado em algum momento.

sim, uma guerra pelo poder Evandro Cartaxo.
no início eu até estranhei como as autoridades japonesas se envolveram no processo, mas eu acho que comecei a entender melhor o que aconteceu.

O processo de fusão da Renault e Nissan já vinha sendo encaminhado a alguns anos. Como a balança de poder atual na aliança tende muito mais a favor da Renault, uma fusão tende muito mais a tornar a aliança francesa do que japonesa.

E sendo bem direto, uma fusão interessa empresarialmente basicamente porque é possível cortar empregos e fechar empresas, não só nas montadoras, mas em todo a cadeia produtiva, distributiva e comercial. Então o impacto no Japão poderia ser desastroso, pois a economia de todos países gira fortemente em torno da indústria automotiva. Pode ser daí o interesse do governo japonês nesta confusão.


eu não trabalho com nada relacionado a indústria automotiva, mas aprecio carros.

Pra mim, o discurso da Nissan nestes últimos 20 anos foi sempre ruim para fans de carro, com esportivos sempre sob ameaça de serem tirados de linha, carros com acabamento muito ruim, muito modelos fantásticos como o Tiida e Pulsar sendo aniquilados, pra não falar da imensa predileção da Nissan por lançar SUV, coisa que não curto muito.


Olhando o gráfico de vendas da Nissan nos USA, sob a gestão do Ghosn, a Nissan teve um desempenho fantástico, mas o que catapultou a Nissan para o tamanho que ela é hoje foram os SUV, mas o Versa, Sentra e Altima foram as tais das vacas leiteiras que sustentaram a empresa nos USA.

Apenas de curiosidade, pra quem quiser ter uma noção de como é estar encarcerado no Japão:

https://www.nissanclube.com.br/2018/11/saiba-como-e-prisao-no-japao.html

não dá para saber quais as condições de encarceramento do ex-Chairman da Nissan, mas pelo fato de que não se lê nada na mídia sobre qualquer pronunciamento dele, possivelmente as autoridades japonesas estão restringindo muito a comunicação e contato.

Só agora começam a sair notícias do Carlos Ghosn na detenção.

Ele está no Centro de Detenção de Tokyo, um dos mais severos em termos de disciplina no Japão, é o mesmo local onde ficou o terrorista que soltopu gás sarin no metrô de Tokyo anos atrás.

Ghosn recebeu já visita do embaixador da França e do consul brasileiro. Pelas informações da mídia, diz-se que ele não entende nem aceita o que está acontecendo.

A rigidez da disciplina é total, tudo que tenha potencial para atentar contra integridade física é probido, como aquecedores no quarto, cintos ou roupas íntimas longas. Televisão e celulares também estão proibidos.

A disciplina no local é mais que militar, 8 horas de sono por dia, 3 refeições diárias, 30 minutos de exercícios.

A prisão, no padrão da legislação ocidental parece forte, mas no Japão declarar falsamente a renda é um dos crimes mais graves do Japão.

Vocês podem ler mais no link abaixo:
https://www.nissanclube.com.br/2018/11/ghosn-detido-enquanto-alegacoes-de-ma.html

estou só especulando aqui, mas talvez o problema de sub-declarar renda para o fisco japonês envolva stock options, opções de compra de ações, cuja valoração é realmente um dos maiores desafios da matemática financeira.

para quem gosta de matemática e estatística, toda a teoria envolvendo stock options é maravilhosa. De forma geral, são pouquíssimos os especialistas que dominam a teoria de valuation de opções.

Mitsubishi tbm mandou ele rodar pelo que li hj....

Pois é, ele foi destituído da posição de Chairman of the Board, o posto máximo no conselho de administração da Mitsubishi, mas aparentemente ainda mantém uma cadeira neste conselho. Coisas estatutárias e de legislação, complicadíssimas de entender .

Description

1. Description of the change - After change - Before change - Name
Member of the Board |- Chairman of the Board  [Representative Director] |- Carlos Ghosn
Chairman of the Board and CEO [Representative Director] |- Member of the Board and CEO [Representative Director]| - Osamu Masuko

Na noite em que foi preso, a secretária do Ghosn ligou para o restaurante Kuwashima, especializado em preparar o yakitori, onde ele ia jantar para cancelar a reserva feita. De acordo com o dono do local, a secretária teria dito que haviam armado para o Ghosn, mas que ele terá uma revanche e que irá novamente ao Kuwashima em breve.

leia o artigo completo no link a seguir:
https://www.nissanclube.com.br/2018/11/ghosn-acredita-que-estrelas-merecem-big.html


Toda a história da carreira do Ghosn tem lances muito interessantes, e vale a pena ser lida. Hoje aprendi até uma coisa nova, sabia que ele havia trabalhado na Michelin, mas nem tinha me ligado que ele chegou a trabalhar na Michelin Brasil.

Para mim, simples consumidor das coisas da Nissan, o que sempre me incomodou no estilo da empresa foi gestão extremamente focada em números, sempre falando em redução de custos, sinergia, economizar. Do ponto de vista empresarial pode fazer muito sentido, mas é uma gestão na qual sinto falta de empatia, emoção.

Aqui o texto original do texto onde a secretária de Ghosn fala em "revenge", de acordo com o gerente do restaurante Kushiwaka, da versão em inglês conforme publicado pelo jornal Asahi Shimbum,

"Ghosn had planned to spend Tuesday night far differently. According to Jun Miyaji, a manager at Kushiwaka, a restaurant serving skewered chicken, Ghosn’s secretary called to cancel his 7:30 reservation for dinner.

In this small Tokyo yakitori restaurant, where photos of Ghosn are prominently displayed, Miyaji said the secretary told him “Ghosn was set up” and she added: “He will take a revenge. And he will come back to the restaurant.”"