Como o comércio de peças online pode estar estimulando o roubo de carros

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Todos os anos são roubados mais de 500.000 carros no Brasil. Faça as contas e você irá perceber que estamos falando de um carro roubado por minuto. Isso significa que, ao terminar de ler este texto, outros cinco carros terão sido roubados em algum lugar do País.
Para coibir o roubo de carros, em 2014 o governo federal aprovou a “Lei dos Desmanches”, visando regulamentar os ferros-velhos e revendas de peças de carros usadas em todo o Brasil como meio de coibir a receptação de veículos roubados e, por consequência, os roubos de carros e motos.

De acordo com a lei, cada desmanche de carro seria obrigado a se cadastrar no Detran de seu estado e a emitir nota fiscal de entrada de cada veículo. Desta forma, as peças removidas deste veículo teriam sua origem comprovada por meio de etiquetagem e registro vinculado à nota de entrada do carro. Contudo, nestes quatro anos passados desde a implementação da lei, somente três estados se adequaram às normas e os ferros-velhos ilegais continuam operando normalmente.
O problema é que cada estado precisa regulamentar e implementar o sistema. Sem isso, é impossível legalizar a atuação dos ferros-velhos e desmanches. Além disso, apesar de bem-intencionada, a lei foi um tanto ingênua. Explico: a lei exige a documentação e comprovação de origem das peças somente dos ferros-velhos e desmanches, mas não exige comprovação de origem quando a transação é feita por pessoas físicas. Depois, a lei também ignorou que àquela altura, em 2014, mais de 20% das peças de carros eram comercializadas pela internet. Com restrições legais para vender peças de origem ilícita em lojas físicas, adivinhe para onde foram os vendedores de peças roubadas?
Para as plataformas de anúncios online, onde eles encontraram o ecossistema perfeito para a prosperidade do negócio de peças roubadas. Como?

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Olha Wilson nem precisa considerar peças de veículos furtados ou roubados, mas ocorre com peças genuínas desviadas de concessionárias, mesmo que não apresentam preços abaixo da média ou das concessionárias, sim por quem trabalha nelas.

Abraços,

Ia fazer o mesmo comentario seu....tem firmas que estão vendendo peças genuinas no paralelo seja por desvio ou roubo de cargas etc...

Pois é Andre, daí para pior.

Abraços,